A Grande Fraternidade Branca é uma fraternidade que, tradicionalmente, atribui-se surgida no Antigo Egito, durante o reinado do faraó Tutmés III. A GFB reuniria em quadro os mais sábios de todo o Egito, também conhecidos como hierofantes ou sacerdotes, que tinham por objetivo estudar os mistérios místicos e esotéricos da vida. A esta fraternidade reservada apenas para iniciados dá-se o nome de escolas de mistérios. A definição sobre as origens históricas da GFB não são precisas, mas convenciona-se dizer (Segundo Geoffrey Hodson, no livro A vida de Cristo, do nascimento à ascensão), que houve um período entre 700 a.C. e 300 d.C. no qual surgiram muitos pensadores, como Confúcio e Lao-Tse na China; o Buda na Índia; Zoroastro na Pérsia, Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles na Grécia e Plotino e Amônio Saccas em Alexandria; além dos judeus que estudaram o judaísmo esotérico, ou Cabala. Estes pensadores foram iniciados em conhecimentos universais ou na Sabedoria perene, isto é, a Gnose, a qual se manifesta sob quatro pilares: arte, ciência, filosofia, misticismo

 

História

Num contexto de preservação da própria cultura e identidade, as sociedades secretas ou fraternidades visavam também a preservar as ciências sagradas ameaçadas pela invasão dos fenícios (que dominou o Egito durante quase um milênio)e por isso fecharam-se a estranhos ou invasores, tornando-se secretas, ou confrarias (A Grande Fraternidade Branca, os dirigentes invisíveis, de Kenneth Burton). Este período foi marcado pelo paralelismo entre a iniciação esotérica dos eleitos (iniciados ou hierofantes) aos mistérios e o culto de Osíris e Ísis pelo povo em geral. Surgiu nesta época a figura de Moisés (1.300 a.C.), libertador dos hebreus, autor das sagradas escrituras do judaísmo, que (de acordo com alguns movimentos esotéricos) teria sido igualmente iniciado nos mistérios de Ísis e Osíris (no entanto, o assunto é polêmico, pois disso não há documentação comprobatória). Datam deste período (assim como de outros períodos) também as supostas iniciações de Orfeu nos mistérios de Dionisio; de Pitágoras de Samos, fundador da importantíssima confraria dos pitagóricos; em 564 a.C. de Sidarta Gautama, o Buda, que foi um Iluminado e não um iniciado; alega-se também de Jesus junto à escola dos essênios (novamente sem documentação), que teria sido (novamente sem documentação) uma outra ramificação da GFB (A Grande Fraternidade Branca, os dirigentes invisíveis).

Dentre estas, várias outras sociedades hoje se proclamam descendentes dessa supostamente antiqüíssima fraternidade, dentre elas a Maçonaria, Ordem Rosacruz (AMORC), Movimento Eu Sou, Ponte para a Liberdade, Movimento da Consciência Suprema Una, a Summit Lighthouse e a própria Sociedade Teosófica.

Sociedade Teosófica, como surgiu o termo GFB

Foi com Helena Blavatsky, na fundação da Sociedade Teosófica em 1875, que a idéia de uma irmandade oculta se tornou de fato popular. No entanto ela nunca se referiu a esta fraternidade com este nome, e que esta é uma terminologia do século XX. A denominação de branca é uma referência à luz branca, cósmica ou incolor que circunda o corpo dos mestres, como se fosse a aura. Só após a morte de Blavatsky é que se vinculou com maior ênfase a GFB à Sociedade Teosófica, especialmente a Seção Adyar, sob o comando de Annie Besant e Charles Leadbeater, e as obras de Alice Bailey (um dos ivros mais famosos chama-se A Hierarquia).

 

Sete raios de luz

Segundo Charles Leadbeater, a GFB é representada pelos chamados Sete Raios de Luz, ou os correspondentes, os sete mestres ascencionados. Cada um dos raios equivale a uma das cores dos sete raios do arco-íris; são eles:

  • El Morya -- Primeiro Raio, cor azul-cobalto

  • Kuthumi ou Lanto ou Confucio(em diferentes fontes) -- Segundo Raio, cor Dourado

  • Paulo Veneziano ou Rowena (em fontes diferentes) -- Terceiro Raio, cor rosa

  • Serapis Bey -- Quarto Raio, cor branca

  • Hilarion -- Quinto Raio, cor verde-esmeralda

  • Jesus ou Nada(em diferentes fontes) -- Sexto Raio, cor púrpura-dourado ou Rubi

  • Saint Germain -- Sétimo Raio, cor violeta

  • A despeito do sexto raio, o mesmo refere-se ao período de 2 mil anos regido pelo Mestre Jesus Cristo, um dos Avatares ou Mestres Ascencionados pertencente a grande Fraternidade Branca. A mestra Nada, citada na lista acima não é o avatar do sexto raio, e sim o Mestre Jesus.

O período de vigência deste raio finda-se após o período de 2 mil anos correspondente ao mesmo, ou seja na época em que vivemos agora, e o raio subsequente, o sétimo raio, Regido pelo Mestre Saint Germain, já está atuando sobre o planeta Terra, o que é conhecido popularmente como Era de Aquarius. É por esse motivo que discute-se a vinda de fato do que se espera por um cataclisma mundial, que marcaria defnitivamente a transição de raios sobre o planeta, e a iniciação de uma Nova Era.